O âmbar é uma resina fóssil e apesar de ser comercializada entre rochas e cristais, sua origem não é mineral, mas sim vegetal.
Algumas plantas como pinheiros e araucárias produzem resinas como uma forma de proteção contra a ação de bactérias e fungos e contra o ataque de insetos que perfuram a casca até atingir o cerne.
Quando a madeira é exposta, seja por queda de um galho, por ação de outros animais perfuram ou afiam as garras, a planta libera a resina através de canais. Em contato com o ar, a resina começa a se solidificar lentamente e atua na proteção da planta contra o ataque de insetos e fungos.
Existem vários tipos de resinas, com propriedades, texturas e funções distintas para plantas de diferentes famílias botânicas. Muitas resinas são compostas de substâncias voláteis e apresentam odores característicos e de substâncias não-voláteis (chamadas oleorresinas), algumas possuem gomas ou substâncias mucilaginosas (chamadas resinas de goma) e outras recebem o nome de bálsamo por conterem ácido benzoico ou ácido cinâmico.
Essas substâncias são produzidas por algumas plantas através do chamado metabolismo especializado (também chamado secundário) e são alvo de inúmeros estudos sobre suas propriedades.
O âmbar é uma resina obtida em condição fossilizada e caracterizada por sua polimerização, endurecimento e resistência ao tempo e à água.
O âmbar é alvo de estudos de diversas áreas científicas além da Biologia e da Botânica, como a Geologia, Arqueologia e a Paleontologia, pois em alguns casos essas resinas fósseis trazem outras formas de vida incrustadas, como insetos, lagartos ou partes de folhas e flores, em preciosos registros muito bem conservados que indicam como era a vida há milhões de anos atrás.
Por: Patrícia Dijigow
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