A floração da Euphorbia pulcherrima, também chamada de bico-de-papagaio, flor-de-São-João, flor-de-Natal ou Poinsétia tem início no outono, estimulada principalmente pela diminuição da luminosidade.
Para fins comerciais, as mudas são submetidas artificialmente à redução de luz, para que a floração aconteça no final do ano no hemisfério sul.
Originária do México, é muito popular pelo colorido de suas vistosas brácteas (folhas modificadas), que podem ser vermelhas, cor-de-rosa, amarela, branca ou mescladas, e variam quanto à forma e textura de acordo com o cultivar. As brácteas tem origem foliar e sua função original é de proteger a inflorescência ou as flores em desenvolvimento, além de atrair polinizadores. As pequenas flores apresentam uma camada de tecido verde e uma glândula amarela que nasce apenas em um dos lados.
O arbusto foi descoberto pelo botânico e médico estadunidense Joel Roberts Poinsett em 1834.
A planta já era conhecida da civilização asteca e utilizada para produção de corantes. Produz seiva do tipo látex, de efeito irritante se em contato com a pele ou mucosas. Muitas plantas da mesma família (Euphorbiaceae) são altamente tóxicas.
No hemisfério norte, sua floração coincide com o período natalino. Acredita-se que a partir do século XVII, a Euphorbia tenha ganho sua conotação de planta natalina, quando utilizada por monges franciscanos em procissões e suas brácteas vermelhas foram associadas à estrela de Belém.
A partir de 1950, híbridos da Euphorbia resistentes ao frio, tolerantes ao interior de casas e também de outras cores que não apenas o vermelho foram desenvolvidos pelo americano Paul Ranch, cuja fazenda produz 50% das Poinsetias comercializadas no mundo.
É uma de sol, que deve ser cultivada em solo drenável e enriquecido com matéria orgânica, e que exige regas regulares.
Por: Patrícia Dijigow
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