A floração do ipê-roxo (Handroanthus impetiginosus), também chamado ipê-bola, piúva, piúna, ipê-preto ou pau-d'arco, acontece entre maio e agosto, no período mais seco, quando os ventos mais fortes ajudam a dispersar suas sementes. O ipê-roxo pertence à família Bignoniaceae.
É uma planta nativa e não endêmica para Brasil, que pode ser encontrado principalmente na Mata Atlântica, tanto na floresta pluvial atlântica como na semidecidual, e também em outros tipos de vegetação como no Cerrado (lato sensu), Floresta Ombrófila Mista, Savana Amazônica e Vegetação Sobre Afloramentos Rochosos.
Sua madeira é conhecida pela resistência e durabilidade, também utilizada na medicina popular. Pode atingir até 30 metros de altura e é muito comum na arborização urbana de várias cidades pelo seu rápido crescimento e por não apresentar raízes agressivas. Tem grande valor na regeneração florestal.
É o primeiro dos ipês a florescer: nesta ocasião perde todas as folhas (é uma árvore decídua) e desenvolve inflorescências terminais do tipo panícula, que parecem esferas, com flores de tons rosa e lilás.
Suas flores são importante fonte de alimento para insetos e aves, atraindo periquitos, cambacicas, beija-flores, mamangabas e abelhas. A frutificação produz vagens de até 25 centímetros de comprimento, que abrigam as sementes aladas.
A multiplicação pode ser feita por sementes ou por estaquia.
Popularmente muitas plantas pertencentes aos gêneros Handroanthus, Tabebuia e Tecoma são chamadas de ipês e é importante ressaltar que nem todas as espécies de ipê tiveram alteração em sua nomenclatura botânica. A classificação deste grupo de plantas é extremamente complexa, pela presença de grande variabilidade morfológica.
Para identificação precisa das espécies é necessário investigar uma série de características da planta, que vão muito além da cor das flores.
Por: Patrícia Dijigow
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