A origem do nome jatobá vem do tupi e significa “árvore com frutos duros”.
Com ampla distribuição na América do Sul e América Central, o jatobá-verdadeiro, jatobazeiro ou simplesmente jatobá (Hymenaea courbaril) é uma árvore semidecídua de grande porte da família Fabaceae, que atinge 40 metros de comprimento e dois metros de diâmetro.
Suas folhas são coriáceas e compostas por dois folíolos que medem entre 6 e 14 cm de comprimento e entre 3 e 5 cm de largura. O jatobá floresce na estação seca e suas flores, que se abrem à noite, são polinizadas principalmente por morcegos, mas também são visitadas por beija-flores e abelhas que produzem mel a partir de seu néctar.
É considerada uma espécie semi-heliófita, ou seja, tolera a sombra de outras árvores apenas quando jovem, pois necessita de muita exposição solar para que se desenvolva plenamente, atingindo o nível superior da copa das árvores quando adulta. É a espécie arbórea dominante da floresta estacional semidecidual.
O jatobá tem ampla ocorrência no Brasil, estando ausente de forma nativa apenas nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Em quase todo o país é uma planta de grande valor cultural e importância econômica.
Desde sua sacralidade para povos indígenas (que utilizam os frutos em rituais de meditação para promover o equilíbrio mental) até sua madeira (considerada uma das mais valiosas do mundo), o jatobá ainda fornece alimento (polpa do fruto e sementes: a farinha é utilizada em pães, bolos e vitaminas), tratamentos para tosse, gripes e catarros (decocção da casca do tronco), combustível, verniz vegetal e impermeabilizador de canoas (seiva e resina) e repelente de insetos como saúvas e lagartas (folhas, ricas em terpenoides).
Além disso, o pó das sementes tem sido testado e utilizado como agente coagulador durante o processo de transformação do látex da seringueira em borracha, proporcionando grande economia de energia.
Os frutos do jatobá são alimento para animais como veados, pacas, antas, cutias e macacos, que também atuam na dispersão das sementes.
Seu uso é recomendado no paisagismo e para revegetação de áreas devastadas pois atrai pássaros e mamíferos, considerado também uma opção para restauração de áreas contaminadas com metais pesados.
Por: Patrícia Dijigov
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