O jequitibá-rosa (Cariniana legalis) é uma árvore de grande porte, semidecídua, nativa e endêmica do Brasil, pertencente à família Lecythidaceae, a mesma família da castanheira-do-Brasil, a sapucaia e o abricó-de-macaco.
É considerada uma das maiores árvores da Mata Atlântica, atingindo até 50 metros de altura e diâmetro de tronco podendo ser superior a dez metros.
Foto da copa do Jequitibá-rosa (popularmente conhecido por "Patriarca") do Parque Estadual Vassununga - Santa Rita do Passa Quatro (SP). Domínio público.
O jequitibá-rosa foi descrito pela primeira vez por Carl Friedrich Philipp von Martius em 1837 como Couratari legalis. Popularmente é chamada de jequitibá-branco, jequitibá-cedro, jequitibá-grande, jequitibá-vermelho, pau-carga, pau-caixão e sapucaia-de-apito.
O Brasil abriga alguns exemplares que são verdadeiros gigantes da mata, como o localizado de Camacã (Bahia), com 48 metros de altura total e 4,35 metros de diâmetro e o de João Neiva (Espírito Santo), com 47 metros de altura e 12,5 metros de circunferência.
O Parque Estadual Vassununga (Santa Rita do Passa Quatro - São Paulo) abriga a maior coleção de jequitibás conhecida e possui os dois maiores exemplares do Estado de São Paulo: o "Patriarca", com mais de 42 metros de altura, 12,30 metros de circunferência e idade estimada em quase 600 anos e a "Matriarca", com 44 metros em altura e 11,88 metros de circunferência, provavelmente mais antiga que Patriarca. Denominações dadas localmente.
Como são árvores que continuam em crescimento, regularmente as suas medidas passam por atualizações, que são realizadas por técnicos e especialistas que também monitoram a saúde desses exemplares, através de exames de resistografia realizados com o auxílio de equipamentos.
Foto do tronco do Jequitibá-rosa (popularmente conhecido por "Patriarca") do Parque Estadual Vassununga - Santa Rita do Passa Quatro (SP). Domínio público.
As árvores citadas estão inseridas em circuitos de turismo ecológico e excursões educativas, necessitam de monitoramento constante para evitar que sejam ilegalmente cortadas para exploração de sua madeira.
O jequitibá-rosa é encontrado principalmente no nordeste e sudeste do país, nos Estados da Bahia, Paraíba, Pernambuco, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná. Ocorre na Mata Atlântica, nos solos férteis das florestas pluvial e latifoliada semidecidual.
Suas folhas são membranáceas e medem entre 4 e 7 centímetro. Floresce entre os meses de dezembro e fevereiro e suas flores são pequenas e de cor creme. O fruto seco e deiscente recebe o nome de pixídio e libera uma grande quantidade de pequenas sementes que são dispersadas pelo vento.
A beleza e imponência dessa árvore inspiraram a nomeação de ruas, cidades e palácios com seu nome. O jequitibá-rosa apresenta ainda valor ornamental no paisagismo de parques, praças e áreas rurais.
Foto do Jequitibá-rosa do Jardim Botânico de São Paulo. Domínio público.
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